Lição 9 = Elias no Monte da Transfiguração.

ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO
03/03/2013



Texto Áureo: "E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele"
(Mt 17.2,3).


Verdade Prática: O aparecimento de Moisés e Elias no Monte da Transfiguração é um testemunho de que a Lei e os Profetas cumprem-se em Cristo, o Messias prometido.




Leitura Bíblica em Classe:  Mateus 17. 1-8

1. Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte,
2. E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. 
3. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. 
4. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias. 
5. E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o.
6. E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e tiveram grande medo. 
7. E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo.
8. E, erguendo eles os olhos, ninguém viram senão unicamente a Jesus.




INTRODUÇÃO

O relato sobre a transfiguração, conforme narrado nos evangelhos sinóticos, é um dos mais
emblemáticos do Novo Testamento (Mt 17.1-13; Mc 9.2-8; Lc 9.28-36). Além do nome de Moisés,
o texto coloca em evidência também o de Elias. Entretanto, diferentemente dos outros textos até
aqui estudados, o profeta não aparece aqui como a figura central, mas secundária! O centro é
deslocado do profeta de Tisbe para o Profeta de Nazaré, Jesus. E não mais Elias. Moisés, Pedro,
Tiago e João, também nominados nesse texto, aparecem como figurantes numa cena onde Cristo,
o Messias prometido, é a figura principal.


I – ELIAS, O MESSIAS E A TRANSFIGURAÇÃO



1. Transfiguração. O texto sagrado relata que tão logo subiram ao Monte, Jesus foi transfigurado
diante de Pedro, João e Tiago. Diz o texto sagrado: "o seu rosto resplandeceu como o sol, e as
suas vestes se tornaram brancas como a luz" (Mt 17.2).A palavra transfigurar, que traduz o termo
grego metamorfose, mantém o sentido de mudança de aparência, ou forma, mas não mudança de
essência. A transfiguração mostrou aos discípulos aquilo que Jesus sempre fora: o verbo divino
encarnado (Jo 1.1; 17.1-5). Os discípulos observaram que o seu rosto brilhou como o sol (Mt 17.2).
O texto revela também que suas vestes resplandeceram (Mt 17.2). Esses fatos põem em evidência
a identidade do Messias, o Filho de Deus.



2. Glória divina. Mateus detalha que durante a transfiguração "uma nuvem luminosa os cobriu" (Mt
17.5). É relevante o fato de que Mateus, ao escrever o evangelho aos hebreus, põe em evidência o
fato de que Jesus é o Messias anunciado no Antigo Testamento. Isso pode ser visto na
manifestação da nuvem luminosa, que está relacionada com a manifestação da presença de Deus
(Êx 14.19,20; 24.15-17; 1 Rs 8.10,11; Ez 1.4; 10.4). Tanto Moisés como Elias, quando estiveram
no Sinai, presenciaram a manifestação dessa glória. Todavia, não como os discípulos a
vivenciaram no Monte da Transfiguração (Mt 17.1,2).


II – ELIAS, O MESSIAS E A RESTAURAÇÃO



1. Tipologia. No evento da transfiguração, o texto destaca os nomes de Moisés e Elias (Mt 17.3).
Para a Igreja Cristã, Moisés prefigura a Lei enquanto Elias, os profetas. É perceptível, nessa
passagem, que Moisés aparece como figura tipológica. Mateus põe em evidência o
pronunciamento do próprio Deus: "Escutai-o" (Mt 17.5). E Moisés havia dito exatamente estas
palavras quando se referia ao Profeta que viria depois dele: "O SENHOR, teu Deus, te despertará
um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis" (Dt 18.15). A transfiguração
revela que Moisés tem seu tipo revelado em Jesus de Nazaré e que toda a Lei apontava para Ele.



2. Escatologia. Enquanto Moisés ocupa um papel tipológico no evento da transfiguração, Elias
aparece em um contexto escatológico. O texto de Malaquias 4.5,6 apresenta Elias como o
precursor do Messias. O Novo Testamento aplica a João Batista o cumprimento dessa Escritura:
"E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os
rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto" (Lc
1.17). Assim como Elias, João foi um profeta de confronto (Mt 3.7), ousado (Lc 3. 1-14) e rejeitado
(Mt 11.18). A presença do Batista, o Elias que havia de vir, era uma clara demonstração da
messianidade de Jesus.


III – ELIAS, O MESSIAS E A REJEIÇÃO



1. O Messias esperado. Tanto os rabinos como o povo comum sabiam que antes do advento do
Messias, Elias haveria de aparecer (Ml 4.5,6; Mt 17.10). O relato de Mateus sugere que os
escribas não reconheceram a Jesus como o Messias, porque faltava um sinal que para eles era
determinante - o aparecimento de Elias antes da manifestação do Messias (Mt 17.10). Como
Jesus poderia ser o Messias se Elias ainda não havia vindo? Jesus revela então que nenhum
evento no programa profético deixara de ter o seu cumprimento. Elias já viera e os fatos
demonstravam isso. Elias havia sido um profeta do deserto, João também o foi; Elias pregou em
um período de transição, João prega na transição entre as duas alianças; Elias confrontou reis (1
Rs 17.1,2; 2 Rs 1.1-4), João da mesma forma (Mt 14.1-4). Mais uma vez fica claro: João era o
Elias que havia de vir e Jesus era o Messias.



2. O Messias rejeitado. O texto de Mateus 17.1-8, que narra o episódio da transfiguração, iniciase
com a sentença: "Seis dias depois" (Mt 17.1). O texto coloca a transfiguração num contexto
onde uma sequência de fatos deve ser observada. Os eruditos ressaltam que "seis dias" é uma
outra forma de dizer: "uma semana depois". De fato, o texto paralelo de Lucas fala de "quase oito
dias", isto é, uma semana depois (Lc 9.28). O texto, portanto, põe o evento no contexto da
confissão de Pedro (Mt 16.13-20) e no discurso de Jesus sobre a necessidade de se tomar a cruz
(Mt 16.24-28). O Messias revelado, portanto, em nada se assemelhava ao herói da crença popular.
Pelo contrário, a sua mensagem, assim como a do Batista, não agradaria a muita gente e
provocaria rejeição.


IV – ELIAS, O MESSIAS E A EXALTAÇÃO



1. Humilhação. Os intérpretes destacam que havia uma preocupação dos discípulos sobre a
relação do aparecimento de Elias e a manifestação do Messias. Esse fato é demonstrado na
pergunta que eles fazem logo após descer o monte da transfiguração (Mt 17.10). Como D. A.
Carson observa, o fato é que a profecia referente a Elias falava de "restaurar todas as coisas" (Mt
17.11) e os discípulos não entendiam como o Messias tão esperado pudesse morrer em um
contexto de restauração. Cristo corrige esse equivoco, mostrando que a cruz faz parte do plano
divino para restaurar todas as coisas (Mt 17.12; Lc 9.31; Fl 2.1-11).



2. Exaltação. Muito tempo depois, o apóstolo Pedro ainda lembra dos fatos ocorridos e os cita
em relação à exaltação e glorificação de Jesus e, também, como prova da veracidade da
mensagem da cruz: "Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade,
porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a
seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido" (2 Pe 1.16,17).




CONCLUSÃO

Vimos, pois, que os eventos ocorridos durante a Transfiguração servem para demonstrar que
Jesus era de fato o Messias esperado. Tanto a Lei, tipificada aqui em Moisés, como os Profetas,
representado no texto pela figura de Elias, apontavam para a revelação máxima de Deus - o Cristo
Jesus. Essas personagens tão importantes no contexto bíblico não possuem glória própria, mas
irradiam a glória proveniente do Filho de Deus. Ele, sim, é o centro das Escrituras, do Universo e
de todas as coisas (Cl 1.18,19; Hb 1.3; Fl 2.10,11).



QUESTIONÁRIO









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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Revista Lições Bíblicas. Elias e Eliseu, Um ministério de poder para toda a igreja.

Lição 9 – Elias no Monte da Transfiguração.
Texto áureo. Verdade prática. Introdução. I – Elias, o Messias e a transfiguração. 1. Transfiguração. 2. Glória Divina. II – Elias, o Messias e a Restauração. 1. Tipologia. 2. Escatologia. III – Elias, o Messias e a Rejeição. 1. O Messias Esperado. 2. O Messias Rejeitado. IV – Elias, o Messias e a Exaltação. 1. Humilhação. 2. Exaltação. Conclusão.

Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1°
Trimestre de 2013.
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